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CREATINA: Muito além do seu efeito com aspecto Ergométrico.

A creatina foi descoberta em 1832, quando o cientista francês Michel Eugène Chevreul isolou um composto nitrogenado de carne e o chamou de "creatina". No entanto, a substância só começou a ser mais bem compreendida no século XX, onde ela ganhou notoriedade quando o Professor Roger Harris e colaboradores demonstraram que a suplementação desse nutriente era capaz de elevar em 20% a quantidade de creatina no músculo. A creatina é obtida através da dieta, principalmente a partir de fontes animais como carne vermelha, peixe e aves. Além disso, o corpo também pode sintetizar creatina a partir de aminoácidos como glicina, arginina e metionina. E é endogenamente sintetizada no fígado, pâncreas, cérebro e rins.



Vasilha de creatina

Função no Organismo

A creatina desempenha um papel fundamental no sistema de energia do corpo, principalmente no armazenamento e liberação de fosfato de creatina (CP). Durante atividades de alta intensidade, como exercícios de curta duração e explosivos, o fosfato de creatina doa um grupo fosfato para regenerar o ATP (trifosfato de adenosina), a principal forma de armazenamento de energia celular. Isso permite que os músculos mantenham um fornecimento constante de energia, favorecendo o desempenho em atividades intensas.

Além do papel no sistema energético, a creatina também demonstrou ter efeitos benéficos para além do desempenho físico, como potencial neuroprotetor, antioxidante e modulador do metabolismo celular.


Suplementação

 Devido ao seu papel no fornecimento de energia, a creatina se tornou um suplemento popular, especialmente entre atletas envolvidos em esportes de alta intensidade. A suplementação de creatina tem sido associada a melhorias no desempenho físico, aumento da massa muscular e benefícios cognitivos. A maneira mais eficaz de aumentar as reservas musculares de creatina é ingerir 5 g de creatina monoidratada (ou aproximadamente 0,3 g/kg de peso corporal) quatro vezes ao dia durante 5-7 dias. Uma vez os estoques de creatina saturados no músculo, estes podem ser mantidos com a ingestão de 3-5 g/dia, embora estudos indiquem que atletas maiores podem precisar de quantidades superiores como de 5-10 g/dia. Um protocolo alternativo é a ingestão de 3 g/dia durante 28 dias, esse método pode resultar em aumento gradual da creatina no músculo, com menor efeito na performance do exercício e/ou adaptações ao treinamento até que os estoques de creatina estejam saturados.


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Creatina e o seu efeito no envelhecimento muscular

A sarcopenia é o termo utilizado para descrever a perda de massa muscular e função relacionada à idade. O envelhecimento frequentemente está associado a mudanças na composição corporal, incluindo a redução da massa muscular. A creatina tem sido estudada como uma possível intervenção para atenuar os efeitos da sarcopenia. A força muscular permanece constante até a quinta década de vida e depois começa a decair a uma taxa de 1,2-1,5% ao ano. Concomitantemente, a massa muscular começa a diminuir 0,8% por ano após os 50 anos.


Num estudo randomizado de metanálise, recentemente observou aumento significativo de massa magra (1,37 kg) e força máxima em membros superiores e inferiores em adultos e idosos (n=721, 57-70 anos de idade) após a ingestão de creatina associada ao treinamento de força comparado ao placebo (estudos variando de 10-52 semanas). Além da suplementação de creatina resultou em aumento de massa magra e força de pressão toráxica.


Creatina e o seu efeito no envelhecimento ósseo

Homens e mulheres idosos com menor atividade física têm também menor massa muscular e maior prevalência de incapacidade física. A prática regular de exercícios desde a juventude lentifica a perda muscular do idoso. E a intervenção mais eficaz para a prevenção e recuperação da perda muscular são os exercícios de resistência. A habilidade para desempenhar atividades da vida diária, a massa e a força muscular são bastante relacionadas entre si. No estudo do Novo México, mulheres e homens sarcopênicos tinham, respectivamente, 3,6 e 4,1 maiores chances de incapacidade quando comparados àqueles com maior massa muscular. Da mesma forma, o uso de órteses e a maior frequência de quedas foram mais relatados pelos idosos com menor massa muscular. Recentemente, o mesmo grupo descreveu maior prevalência de sarcopenia em mulheres idosas com grande prejuízo funcional.

Vários são os estudos que evidenciaram maiores aumentos na massa magra em consequência da suplementação de creatina, combinada com o treinamento de força. Em meta-análise conduzida por Branch(10), dos 67 estudos que mensuraram a massa corporal, 43 reportaram aumentos na massa corporal total e/ou massa magra decorrentes da suplementação de creatina.



 
 
 

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